A teoria estruturalista significa um desdobramento da teoria da Burocracia e uma leve aproximação à teoria das Relações Humanas. Representa uma visão critica da organização formal e é um movimento predominantemente europeu que teve seu surgimento por volta da década de 1950, com um caráter mais filosófico na tentativa de obter a interdisciplinaridade das ciências.
Essa teoria, que surgiu com a necessidade de visualizar “a organização como uma unidade social grande e complexa, onde interagem grupos sociais”, pretende ser uma síntese da teoria clássica e da teoria das relações humanas, inspirando-se na abordagem de Max Weber e, até certo ponto, nos trabalhos de Karl Marx.
A análise organizacional dentro dessa abordagem é feita a partir de estudos dos objetivos da empresa (que representam as intenções das organizações) mostram, através de seu alcance, até que ponto as instituições são eficazes e bem sucedidas. Além disso, essa teoria passa a enxergar a organização de forma mais ampla, ciente da inter- relação com o meio externo e com outras empresas. Aborda-se também nessa teoria, tanto a organização formal quanto a informal; as recompensas salariais/materiais e sociais/simbólicas; os diferentes níveis hierárquicos; os diferentes tipos de organização.
É importante ressaltar o foco do “homem organizacional” que a teoria estruturalista trata, diferente do “homo economicus” caracterizado por outras teorias. O primeiro é marcado por características como: flexibilidade, tolerância às frustrações, capacidade de adiar recompensas, permanente desejo de realização.
Contudo, essa abordagem recebeu algumas críticas (positivas ou não), principalmente, por ser considerada uma transição até a teoria de sistemas. São elas: convergência de várias abordagens; ampliação da abordagem; dupla tendência teórica; análise organizacional mais ampla; inadequação das tipologias organizacionais; teoria da crise; teoria da transição e de mudança.