A administração pública moderna requer servidores politicamente responsáveis e capazes de interagir com grupos sociais diversos; exige pessoas intelectualmente preparadas para analisar problemas complexos e oferecer assessoramento para solucioná-los; necessita de equipes suficientemente estáveis para assegurar que o conhecimento institucional permaneça independentemente das mudanças de governo, e por fim, requer uma base ética profissional, de forma que os agentes políticos recebam dos servidores de carreira, assessoramento apartidário, e os cidadãos recebam tratamento equânime. Ela exige uma gestão voltada para resultados e deve ser orientada para o serviço, tornando-se inovadora e decisiva.
O administrador público deve possuir compreensão econômica, legal, de negócios e social. Estabelecer objetivos específicos, mensuráveis, alcançáveis, realistas e tempestivos e alinhar a equipe a eles é uma dimensão importante da liderança e uma competência que se deseja de um líder do setor público.
Há três condições nas quais a liderança pública é mais importante. Primeiramente, quando a sociedade é heterogênea, de modo a assegurar inclusão social e eqüidade. Em segundo lugar, em governos descentralizados, o que requer que os líderes locais sejam capazes de tomar decisões. Por último, durante períodos de reforma e modernização, nos quais os líderes devem estar aptos a administrar o processo de mudança e devem ser criativos e inovadores para pensar em reengenharia e redesenho dos serviços públicos, de forma a agregar valor ao investimento e tornarem-se sensíveis às necessidades dos cidadãos.
As tendências como áreas de desafio para a administração pública são:
Ø Globalização: devido a um ambiente globalizado e concorrencial, o Estado tende a dedicar-se menos ao provimento direto de bens públicos físicos e a priorizar os laços com o setor privado;
Ø Complexidade: aumento do número de problemas públicos e de sua complexidade e estes requerem esforços conjuntos de grupos diferentes para solucioná-los;
Ø Desigualdade: cresce a distância entre ricos e pobres, afetando o desenvolvimento e qualidade de vida dos cidadãos;
Ø Equidade de gênero: oportunidades e igualdade de gênero;
Ø Diversidade: diversidade cultural, necessidade de promover o pluralismo e criar oportunidades para a discordância construtiva;
Ø Boa governança: democratização política, comportamento ético do governo, gestão eficaz de recursos e problemas públicos e atendimento às necessidades essenciais da sociedade;
Ø Capacidade: enfraquecimento gradual da capacidade do Estado;
Ø Erosão da confiança: diminuição da confiança nas instituições de governo e crescimento da integração multinacional. Os líderes públicos são avaliados com base em expectativas e percepçõe;
Ø Reforma administrativa: busca de soluções ideais para as estruturas e funcionamento do governo;
Ø Empowerment: aumento da capacidade local.
A tendência em muitos países é que, para garantir a continuidade do “eido” da administração pública, é necessário que os principais órgãos sejam dotados de estruturas de carreira e tenham um processo de desenvolvimento de líderes com experiência no setor público e, sobretudo, compromissados com o interesse público.
2 comentários:
Ótima resenha!
Esperamos que as técnicas da administração gerencial estejam cada vez mais presentes na administração pública e que os líderes sejam as molas propulsoras dessa transformação, na qual o bem-estar geral da população esteja sempre acima dos interesses pessoais.
Beijão, Naiara!
Parabéns pela postagem. Sou um jovem fã da administração pública e participo de um projeto de extensão da universidade onde estudo Administração no qual sou um dos responsáveis pela área de Administração pública. Adorei essa postagem.
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