Por Bárbara Andrade
Orientado pela Professora Fernanda Freitas
Fonte: RAE – eletrônica, volume 2, número 1, jan-jun de 2003. – por: Márcia Cristina Esteves Agostinho
A teoria da complexidade pretende dar conta do fenômeno da auto – organização, como uma nova base científica para a atualização da prática administrativa. A Complexidade se refere à poucos tipos de peças que podem interagir umas com as outras de várias maneiras diferentes, produzindo uma infinidade de resultados. Um desses resultados são os sistemas complexos adaptativos. Em resumo, sistemas complexos adaptativos são organizações em rede formadas por inúmeros agentes, os quais são elementos ativos e autônomos, cujo comportamento é determinado por um conjunto de regras e pelas informações a respeito do seu desempenho e das condições do ambiente imediato. Estes agentes aprendem e adaptam seus comportamentos a partir das pressões de seleção presentes. O comportamento global do sistema emerge, então, como efeito da combinação das interações (não-lineares) entre os diversos componentes.
Nesses sistemas complexos, indivíduos autônomos, capazes de aprender e de se adaptarem, cooperam entre si obtendo vantagens adaptativas. Tal comportamento tende a ser selecionado e reproduzido, chegando ao ponto em que estes indivíduos cooperativos se unem formando um agregado que também passa a se comportar como um indivíduo e assim por diante. Diz-se, então, que o sistema resultante se auto-organiza, fazendo emergir um comportamento global cujo desempenho também é avaliado por pressões de seleção presentes no ambiente (externo e interno).
A Administração Complexa, como uma nova base teórica presente na prática administrativa, e nos sistemas adaptativos complexos, possui 4 princípios básicos:
Autonomia: é definida como sendo a faculdade do indivíduo orientar sua ação com base em sua própria capacidade de julgamento.
Cooperação: É a cooperação entre indivíduos de uma equipe, ou mesmo entre equipes, que permite o fluxo de conhecimentos capaz de contribuir para o desempenho da organização.
Agregação: Uma organização, ou um agregado, pode ser identificado por seus objetivos e competências, uma vez que em torno dos objetivos globais agrega-se um certo número de indivíduos que contribuem com seus conhecimentos e habilidades para a competência do todo.
A intervenção exercida pela direção da organização ocorre no sentido de promover as condições para que esta manifeste a capacidade de se auto-organizar – característica dos sistemas complexos adaptativos. A partir da definição de uma estrutura mínima a direção pretende estimular a autonomia, a cooperação, a agregação competente e a auto-organização.
1 comentários:
Aê...
Tente escrever referenciando a prática de execução do blog como uma prática que viabiliza a construção de competências para a administração complexa...
Muito legal!
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